domingo, 7 de setembro de 2014

Pergunta 001 - Há limites para a obediência às autoridades?


 Pergunta 001 
Há limites para a obediência às autoridades?




 Texto-base: Rm 13:1-7

ACF


Rm 13:1 Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.

Rm 13:2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

Rm 13:3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.

Rm 13:4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.

Rm 13:5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

Rm 13:6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.

Rm 13:7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. 


EP




Comentário

Paulo escreve a uma comunidade perseguida pelo poder político, tentada por isso a negar radicalmente a função da autoridade política. O que Paulo diz não deve ser tomado como legitimação de qualquer autoridade política ou forma de sociedade; ele apenas mostra o fundamento, a função e, ao mesmo tempo, o limite de uma autoridade política. A autoridade, por direito, só pertence à natureza de Deus. Só ele é Senhor e juiz absoluto sobre os homens. A autoridade política encontra seu fundamento numa participação funcional na autoridade de Deus, em vista do bem comum. Sua função é servir ao povo, promovendo a justiça, zelando pelo direito e impedindo os abusos. Seus limites dependem do seu próprio fundamento e função: a autoridade não pode usurpar o lugar de Deus, pretendendo-se absoluta ou divina; nem pode servir a si mesma, oprimindo e explorando o povo.
É óbvio que não podemos aplicar ipsis litteris e ipsis verbis o que está escrito nesta passagem, pois todo o contexto é outro! Há presidentes, governadores, padres e pastores abusados e inconsequentes que querem impor ilegitimamente alguma lei, regra, costume ou dogma absurdo porque anacrônico. Isto não exige nossa agressão, mas nossa inconformação! Não devemos obedecer a quem ensina errado! Obedecemos se isto colocar em risco nossa saúde física ou espiritual. Mas, ainda assim, quando determinada regra, costume ou ordem ameaça nossa salvação, devemos nos rebelar!


Nenhum comentário:

Postar um comentário