terça-feira, 6 de maio de 2014

FRIEDRICH SCHLEIERMACHER E A HERMENÊUTICA



            Do entendimento de todas as teologias podemos concluir que a questão hermenêutica é consideravelmente decisiva. Toda teologia possui em seus bastidores uma maneira peculiar de se compreender a realidade. Essa maneira, ao teólogo peculiar, condiciona a teologia.
            A palavra hermenêutica é de origem grega, significando interpretação. Seu significado está vinculado ao deus Hermes, mensageiro dos deuses, intérprete das mensagens divinas. Na verdade, o termo aponta para a arte ou técnica de interpretar. Essa arte possui regras que guiam a interpretação dos textos.
            Faz-se distinção entre hermenêutica e exegese. Hermenêutica é a teoria da interpretação e exegese atém-se à prática da interpretação. A exegese é a aplicação da hermenêutica no estudo do texto, buscando a compreensão do que o autor quis transmitir aos receptores da sua mensagem.
            Segundo estudiosos do assunto, cinquenta anos antes de Nietzsche, o filósofo e teólogo protestante Friedrich Schleiermacher (1768-1834) iniciou uma reflexão sobre hermenêutica que o tornou conhecido como fundador da hermenêutica moderna.
            Àquela época, não existia ainda algo como uma hermenêutica geral que fosse uma arte do compreender; existiam diversas hermenêuticas especiais. Schleiermacher fará a hermenêutica independer-se de suas especialidades, tornando-a a teoria geral do compreender. Segundo Gibelline[1], torna-se instrumento geral das ciências do espírito.
Schleiermacher descobriu que a Bíblia não possui tratados teológicos sistemáticos e, sim, é o produto de homens dando respostas a situações concretas. Daí a necessidade de se conhecer a vida do escritor e o que está por trás das suas palavras[2]. Sendo assim, é fácil entender quemuito da atividade exegética (estudar o contexto cultural de um texto bíblico para podermos conhecer a sua mensagem para a época em que foi escrito) é, a princípio, uma atividade fundada na perspectiva de Schleiermacher.
Schleiermacher fez distinção entre interpretação gramatical e interpretação psicológica. Ainterpretação gramatical passa por uma atividade linguística-lexical; enquanto que ainterpretação psicológica é a atividade de se procurar compreender a mente do autor expressa pelo texto escrito. A necessidade de uma análise filosófica das condições que tornam possível o entendimento do texto é fundamental no método de Schleiermacher. O caminho de elaboração do texto percorrido pelo Criador original é fruto da perspectiva e da vida pessoal do autor numa situação social que abrange a situação particular na qual o texto é criado.
Alguns críticos dizem que Schleiermacher foi influenciado pelo movimento romantista quando entende como possível um intérprete chegar a uma habilidade de recriar a mente do autor de um texto. Certamente isso é questionável.
Segundo o teólogo Bernard Ramm, citado no livro Teologia Contemporânea de Stanley Gundry, Friedrich Schleiermacher foi o pioneiro na reconstrução da teologia mediante o uso de uma base filosófica. Trabalhou este filósofo e teólogo fundado no idealismo alemão de Immanuel Kant (1724-1804), um dos fundadores teoréticos do liberalismo teológico.
            Os estudos hermenêuticos têm passado por várias transformações desde Schleiermacher até os nossos dias. Principalmente para as mentes influenciadas pela pós-modernidade, a realidade hermenêutica está vinculada não somente àquelas considerações feitas por Schleiermacher, mas a uma série de outras considerações que abrem um leque de interpretação extremamente sugestivo.
O teólogo precisa, pois, ter uma noção adequada da realidade hermenêutica do seu trabalho para não se enredar em situações de desconforto exegético, precisando refazer todo o seu trabalho, muitas vezes sem necessidade de que isto aconteça.
Willians Moreira Damasceno

[1] GIBELLINI, Rosino. A teologia do século XX. São Paulo: Edições Loyola, 1998. 591 págs.
[2] Compreensão que a pós-modernidade não adota.

O homem na visão da antropologia teológica


O homem na visão da antropologia teológica



http://institutosantacruz.wordpress.com/2012/12/04/o-homem-na-visao-da-antropologia-teologica/
De acordo com o Papa João Paulo II, “o homem é a primeira e fundamental via da Igreja, via traçada pelo próprio Cristo e via que imutavelmente conduz através do mistério da encarnação e da redenção”[1]. Ao falar do homem nessa perspectiva, queremos abordá-lo na sua relação com o Deus Uno e Trino revelado em Jesus Cristo. Pois o homem só sabe o que ele é por meio da luz de Jesus Cristo, o revelador de Deus. Mas, porque afirmamos que o homem só conhece a si se for iluminado por Cristo? O Concílio Vaticano II diz que “o mistério do homem só se torna claro verdadeiramente no mistério do Verbo encarnado. Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre sua altíssima vocação”[2]. Ao se revelar, Cristo tinha um grande destinatário: o homem, ele é o objeto dessa revelação. A verdade revelada é verdade de salvação e é por isso que nos diz quem é o homem, fazendo-nos conhecer sua vocação.
A relação do homem com Deus é a dimensão última e mais profunda de seu ser, a única que nos dá a medida exata do que somos, ou seja, somos a “única criatura da terra que Deus quis por si mesma”[3]; no mais profundo de seu ser para ser chamado à comunhão de vida com Ele. Conforme Ladaria [4], essa relação com Deus, sempre é mediada por Cristo que se revela a nós e que também nos possibilita conhecermos a nós mesmos. Segundo o autor, para ter uma visão completa do homem no que diz respeito o ponto de vista da fé cristã é preciso distinguir os aspectos fundamentais de nossa referência a Deus. Para tanto, ele elenca três[5]: a criação, o pecado e a graça.
A dimensão mais específica da antropologia teológica é a relação de amor e de paternidade que Deus quer estabelecer com todos os homens através de seu filho Jesus Cristo. Deus cria o homem e dá a ele a graça de ser chamado à filiação divina por meio do Espírito, condição essa que só era de Jesus, e que agora é aberta a todos os homens, nisso consiste a vocação definitiva de cada homem.
O chamado à graça pressupõe nossa existência como criaturas livres. Porém a razão de nossa existência não está em nós. Se existimos é porque Deus quis, foi por sua bondade, em sua liberdade nos criou para chamar-nos à comunhão com Ele. É necessário termos compreensão dessa realidade para que possamos atingir o nosso fim. Mas porque se faz necessário falar da criação se a mesma parece ser tão óbvia na teologia? Ao falarmos da criação do homem, queremos enfocar a nova criação realizada em Cristo. O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus por meio de Cristo e o mesmo caminha para Ele. A questão da criação é um fator determinante e fundante no que diz respeito ao homem, esse fator determina sua própria consistência enquanto ser que foi criado para comunhão pessoal com Deus.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “na criação do mundo e dos homens, Deus colocou o primeiro e universal testemunho de seu amor todo poderoso e de sua sabedoria, o primeiro anúncio de seu desígnio benevolente, o qual encontra sua meta na nova criação em Cristo”[6]. Só Deus tem esse poder para criar do nada “ex nihilo”, nenhuma de suas criaturas tem esse poder infinito para criar, para chamar à existência aquilo que ainda não existe. Mas, qual seria o objetivo de Deus ao criar o mundo e especialmente o homem? A Igreja nos ensina que Deus criou todo o mundo livremente para manifestar e comunicar a sua glória, ao participar de sua verdade, bondade e beleza a criação desfruta da glória para qual foi criada. Glória essa que é sinal de doação, aqui se encontra o ponto alto no que diz respeito ao homem, porque é nessa manifestação e autodoação que estão exatamente a sua salvação e sua plenitude. Deus criou e continua mantendo o universo por meio de seu Filho e do Espírito Santo que dá vida; o seu poder está em “manifestar-se em Cristo, para poder comunicar seus benefícios e comunicar-se a si mesmo, e com isso obter a plenitude da criatura. Essa plenitude é Deus mesmo, porque apenas em Deus o mundo e, sobretudo o homem alcançam seu fim último”[7].
“Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, a imagem de Deus o criou”[8].  Esse versículo do Gênesis nos leva a refletir que o homem ocupa um lugar de destaque na criação, pois é “imagem de Deus”, unindo em sua natureza o mundo espiritual e material (corpore et anima unus). Além disso, foi constituído em uma profunda amizade com seu Criador, em harmonia consigo mesmo e com a criação, realidade tão grandiosa que só foi superada pela glória da nova criação em Cristo Jesus.
O Concílio Vaticano II afirma que de acordo com a “Sagrada Escritura o homem foi criado a imagem de Deus, pois só ele é capaz de conhecer e amar seu Criador, que o constituiu senhor de todas as coisas terrenas, para que as usasse, glorificando a Deus”[9]. Essa colocação do Concílio nos trás a resposta da grande indagação do salmista sobre a grandeza humana em sua fragilidade, mistério e paradoxo. “Que é o homem para dele vos lembrardes com tanto carinho?”[10]. O homem não tem outro fim a não ser compartilhar por meio do conhecimento e pelo amor a vida de Deus. Por isso ele é “imagem de Deus”, ser livre, dotado de dignidade, indivíduo humano, “capaz de conhecer-se, possuir-se e doar-se livremente para viver na comunhão com as outras pessoas e com seu Criador”[11], nisso consiste sua realização pessoal e felicidade.
Esse homem criado a imagem e semelhança de Deus chamado à comunhão optou por viver sob o signo do pecado, da infidelidade a Deus, a si e aos outros; o mal uso de sua liberdade resultou nisso. De acordo com Ladaria, o amor de Deus que nos criou e quer fazer de nós seus filhos não encontrou no homem uma resposta de acolhida, mas desde o princípio encontrou indiferença e até rejeição.
O Catecismo da Igreja Católica confirma essa premissa afirmando:
Deus criou o homem à sua imagem e o constituiu em sua amizade. Criatura espiritual, o homem só pode viver esta amizade como livre submissão a Deus. E o que exprime a proibição, feita ao homem, de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, “pois, no dia em que dela comeres, terás de morrer” (Gn 2,17). “A árvore do conhecimento do bem e do mal” (Gn 2,l7) evoca simbolicamente o limite intransponível que o homem, como criatura, deve livremente reconhecer e respeitar com confiança. O homem depende do Criador, está  submetido às leis da criação e às normas morais que regem o uso da liberdade.[12]
Nessa perspectiva do pecado devemos trazer a tona um elemento antropológico de fundamental importância: a liberdade. Sabemos que o grande distintivo de Deus no homem é a liberdade, isto é, sua semelhança. O Decreto Conciliar Gaudium et Spes afirma que “a liberdade verdadeira é um sinal privilegiado da imagem divina no homem. Pois Deus quis deixar o homem entregue à sua própria decisão, para que busque por si mesmo o seu Criador e livremente chegue à total e beatífica perfeição, aderindo a Ele”[13]. Porque se faz necessário falar da liberdade  em relação ao pecado? Porque o pecado consiste no mau uso da liberdade que resultou no rompimento da relação harmônica que o homem tinha com seu Criador, criatura e criação. Sabemos que Deus criou o homem em estado de santidade e justiça, mas seduzido pela “serpente”, que o enganou apresentando o “fruto” como bom e belo, dando a oportunidade de “ser como Deus”, o homem abusa de sua liberdade se levanta contra Deus com o desejo de atingir seu fim fora Dele. O homem preferiu a si mesmo, renunciou a Deus, contrariou seu estado de criatura e de seu próprio bem. Esse ato resultou no que chamamos de pecado original, pecado esse que feriu fortemente a relação e “diminuiu o próprio homem impedindo-o de conseguir a plenitude”[14].
O casal protótipo desse drama é Adão e Eva, agora poderíamos questionar como o pecado desse casal pode chegar até nós nos dias de hoje? Quando a Sagrada Escritura usa essa linguagem figurada apresentando Adão e Eva, ela está querendo representar por meio deles a unidade do gênero humano e não somente duas pessoas individuais. A Revelação nos ensina que Adão havia recebido a graça da santidade e justiça que deveria perpassar toda a humanidade, porém o mesmo renunciou a esse estado e optou pelo pecado, como aqui se fala da unidade do gênero humano todos receberam esse “presente de grego”[15]. A transmissão desse pecado é um mistério que não conseguimos compreender plenamente. Mas um elemento nos ajuda entendê-lo parcialmente. O ser humano é um ser de relação, logo o pecado pessoal que afetou a natureza humana foi transmitido a todos em um estado decaído, como afirma o Concílio de Trento. Para isso o Catecismo explica: “é um pecado que  será  transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é, pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais. E é por isso que o pecado original é denominado pecado de maneira analógica: é um pecado contraído e não cometido, um estado e não um ato”[16].
Mas, diante dessa realidade opaca do pecado continuamos percebendo a ação de Deus, que ama sua criatura e que não a abandona a mercê do inimigo. João Paulo II diz que na economia da salvação “o pecado não é o protagonista nem, menos ainda, o vencedor”[17]: só somos capazes de entendê-lo pela luz da plena Revelação que acontece em Cristo Jesus. De acordo com o papa, o próprio Cristo é o mistério da piedade que venceu o mistério da iniquidade; por meio de sua Páscoa nos livrou da culpa que nos oprimia, nos dando novamente a condição de vivermos a filiação divina. Esse mistério “é o caminho aberto pela misericórdia divina à vida reconciliada”[18]. A misericórdia de Deus Pai é abundante e foi derramada sobre nós com profusão; “é um amor mais poderoso que o pecado, mais forte do que a morte”[19].
São Paulo nos ensina que “pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores. Assim pela obediência de um só (Cristo) todos se tornarão justos”[20]. A vitória que Cristo nos concedeu sobre o pecado foi muito grande, ela nos deu bens muito maiores do que aquilo que o pecado tinha nos tirado, pois “onde abundou o pecado, a graça superabundou”[21]. E é por isso que na noite de Páscoa podemos cantar “verdadeiramente era necessário o pecado de Adão, que foi destruído com a morte de Cristo. Feliz culpa, que mereceu um tão grande redentor!”
De acordo com São Paulo a graça pode significar o próprio Cristo, então estar na graça é estar em Cristo. Isso evidencia a gratuidade do amor divino que torna possível a verdadeira liberdade. Diante dessa realidade da graça o homem pode ser tornar forte em sua fraqueza. Jesus nos dá essa graça e nos redime do nosso pecado, nos incorporando a Si. Portanto, a grande graça está no evento salvífico de Cristo e na nossa livre adesão a ela, essa graça não é destinada somente para alguns, mas para todos, afirma Ladaria.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, através da fé e do batismo nós nos unimos a Paixão e Ressurreição de Cristo e com isso o Espírito nos concede participar de sua vida, portanto, a graça do Espírito nos dá a justiça de Deus que foi perdida pelo pecado. Essa justificação se dá por meio da conversão do homem que se volta para seu Criador novamente, afastando-se do seu pecado; com isso ele acolhe o perdão e a justiça que vem de Deus. Então, podemos perguntar em que consiste a justificação? A Igreja nos ensina que a justificação que acontece pela graça consiste na remissão dos pecados, na santificação e renovação do homem interior. Pelo batismo partipamos da Paixão-Ressurreição de Cristo, assim somos justificados para que voltemos aquele princípio no qual fomos criados: a glória de Deus, de Cristo e o dom da vida eterna. Essa graça só pode ser concedida por um Deus que é totalmente misericordioso. Por isso, a graça consiste no auxílio oferecido por Deus ao homem para responder a sua vocação de ser filho no Filho, introduzindo-o no mistério da intimidade Trinitária.  Essa iniciativa divina da graça, precede, prepara e suscita a livre decisão do homem, ele deve responder livremente a esse chamado de amor, pois a graça responde diretamente às suas profundas aspirações de liberdade humana, chamando-o à cooperação e à perfeição.
O homem que possui a semente da eternidade em si, portanto, é convocado a transcender seu limite e voltar aquele estado original de perfeita harmonia. A graça santificante que o homem recebe não é por mérito próprio, mas dom gratuito, onde Deus infunde sua vida nele por meio do Espírito Santo para curá-lo do pecado e santificá-lo. O único mérito do homem é seguir seu livre desígnio de associar-se à obra da graça. “O mérito pertence à graça de Deus em primeiro lugar, à cola­boração do homem em segundo lugar. Cabe a Deus o mérito humano”[22]. A fonte principal do mérito diante de Deus é a caridade, e o grande apelo para que o homem atinja a plenitude da vida cristã é a perfeição dessa caridade, pois como nos diz o catecismo “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada”[23].
Maximiliano Gonçalves da Costa[1]
[1] – Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Graduado em Filosofia pelo Instituto Santa Cruz e Graduando em Teologia pelo Instituto Santa Cruz.
REFERÊNCIAS
[1] – JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Redemptor Hominis, n. 14. 1979.
[2] – CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Const. Past. Sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo Gaudium et Spes, n. 22.
[3] – CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Const. Past. Sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo Gaudium et Spes, n. 24.
[4]- LADARIA, Luis F. Introdução à Antropologia Teológica. Ed. Loyola. São Paulo, 1998.
[5] – Esses aspectos são divididos por metodologia, porque ambos estão unidos na pessoa que é una.
[6] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.315.
[7] – LADARIA, Luis F. Introdução à Antropologia Teológica. Ed. Loyola. São Paulo, 1998. p. 43-44.
[8] – Gn. 1,27.
[9]- CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Const. Past. Sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo Gaudium et Spes, n.12.
[10] – Sl. 8,5.
[11] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.357.
[12] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.396.
[13] – CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Const. Past. Sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo Gaudium et Spes, n.17.
[14] – CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II, Const. Past. Sobre a Igreja no Mundo Contemporâneo Gaudium et Spes, n.13.
[15] – Burla, surpresa ruim inesperada, cilada.  A expressão, que significa dádiva ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimento a quem a recebe. A expressão adveio da narrativa do cavalo de Tróia, na obra Eneida, de Vergílio.
[16] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.404.
[17] – JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Pós Sinodal Reconciliatio et Paenitentia. 1984. n.19.
[18] – JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Pós Sinodal Reconciliatio et Paenitentia. 1984. n.22.
[19] – JOÃO PAULO II. Encíclica Dives in Misericordia. 1980. n.8.
[20] – Rm. 5,19.
[21] – Rm. 5,20.
[22] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.2025.
[23] – CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA n.2028.