segunda-feira, 29 de julho de 2013

SÉRIE HISTÓRIA DA TEOLOGIA: 29 de julho na história da Teologia

29 de julho é o 210.º dia do ano no calendário gregoriano (211.º em anos bissextos). Faltam 155 para acabar o ano.

Nascimentos

1956 - Gilberto Pastana de Oliveira, bispo brasileiro.

Falecimentos

1099 -Papa Urbano II (n.1042)
1979 - Herbert Marcuse, filósofo alemão(n. 1898).

Feriados e eventos cíclicos

Santos do Dia

Santa Marta, memória

SÉRIE HISTÓRIA DA TEOLOGIA: 28 de julho na história da Teologia

28 de julho é o 209.º dia do ano no calendário gregoriano (210.º em anos bissextos). Faltam 156 para acabar o ano.

Nascimentos

1804 - Ludwig Feuerbach, filósofo alemão (m. 1872).
1874 - Ernst Cassirer, filósofo alemão (m. 1945).
1902 - Karl Popper, filósofo da ciência inglês de origem austríaca (m. 1994).

Feriados e eventos cíclicos

Santos do dia
São Nazário
São Celso

Santo Inocêncio I

SÉRIE HISTÓRIA DA TEOLOGIA: 27 de julho na história da Teologia

27 de julho é o 208.º dia do ano no calendário gregoriano (209.º em anos bissextos). Faltam 157 para acabar o ano.

Eventos históricos

1656 - Baruch Espinoza, filósofo judeu de ascendência portuguesa, é expulso da comunidade judaica da cidade de Amsterdã, na Holanda.

Nascimentos

1893 - Francisco Prada Carrera, bispo brasileiro (m. 1995).

Falecimentos

432 - Papa Celestino I, 43º papa.

Feriados e eventos cíclicos

Santo do dia

Santa Bartoloméia

SÉRIE HISTÓRIA DA TEOLOGIA: 26 de julho na história da Teologia

26 de julho é o 207.º dia do ano no calendário gregoriano (208.º em anos bissextos). Faltam 158 para acabar o ano.

Falecimentos

1471 - Papa Paulo II, (n. 1418).

Feriados e eventos cíclicos

Dia da Imprensa Espírita
Dia de Sleipnir, o cavalo de Odin - Mitologia nórdica.

Brasil
Santo do Dia
Dia de Santa Ana, mãe de Maria.

Dia de São Joaquim, pai de Maria.

A revelação básica nas Escrituras sagradas - Witness Lee - Capítulo 11_fim

Capítulo Onze

A NOVA JERUSALÉM —
A CONSUMAÇÃO FINAL E MÁXIMA
(4)

Leitura da Bíblia: Ap 21:3,4,6,7,24,26; 22:2-5,14,17
A Nova Jerusalém é a consumação de toda a revelação divina. Os sessenta e seis livros da Bíblia têm uma conclusão, e essa conclusão é a Nova Jerusalém. A Bíblia começa com a criação de Deus e finaliza com o Seu edifício. A criação não é o objetivo de Deus. Ela é para o Seu objetivo, que é a edificação. Essa idéia da edificação divina percorre toda a Bíblia.

O VELHO TESTAMENTO
A visão do edifício de Deus veio primeiro para Jacó. En­quanto estava fugindo de seu irmão Esaú, ele teve um sonho. Sonhou com a casa de Deus, Betel (Gn 28:11-19). Mais tarde, Deus trouxe os descendentes de Jacó para fora do Egito e para o monte Sinai, onde ficaram por um longo tempo. Enquanto estavam ali, Deus mostrou-lhes o projeto celestial de um edifício, o tabernáculo, que seria a habitação de Deus entre Seu povo na terra.
Depois que eles entraram na boa terra, Deus quis que edificassem o templo. O Velho Testamento é uma história principalmente do tabernáculo e do templo. Esses dois são um — o lugar de habitação de Deus nesta terra entre Seu povo. A história dos descendentes de Jacó é uma história do tabernáculo e do templo no Velho Testamento. Esses dois foram o centro, o foco da história do povo de Deus no Velho Testamento nesta terra.

O NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento vemos Deus encarnado. Deus tor­nou-se carne. João 1:14 nos diz que Este que se encarnou "tabernaculou entre nós" (lit.). João usou particularmente esta palavra "tabernaculou." Isso indica que quando o Se­nhor Jesus estava na terra, em carne, Ele era o tabernáculo de Deus. Em prefiguração o tabernáculo edificado em Êxodo era um tipo completo da encarnação do Senhor; o Senhor encarnou-se para ser a própria corporificação de Deus nesta terra. Essa corporificação era a habitação de Deus. Colossen-ses 2:9 nos diz que a plenitude da Deidade habita em Cristo corporeamente, em Cristo com um corpo humano, físico. O próprio Cristo era a corporificação de Deus, e essa corporificação era o tabernáculo de Deus.
Em João 2:19 o Senhor disse aos judeus: "Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei." O corpo do Senhor Jesus era o templo de Deus (v. 21). Em João 1 está o tabernáculo e em João 2 está o templo. A palavra do Senhor Jesus "em três dias" significa a Sua ressurreição. Paulo nos diz em Efésios 2:6 que quando Cristo foi ressuscitado, nós fomos ressuscitados juntamente com Ele. Pedro diz mais adiante que por meio daquela ressurreição todo-inclusiva todos fomos regenerados (1 Pe 1:3). Nascemos de Deus e somos os Seus filhos. Isso implica que o próprio templo que o Senhor Jesus edificou em três dias, isto é em Sua ressurreição, não é algo individual, mas algo coletivo. Portan­to, nas Epístolas nos é dito que a igreja como o Corpo de Cristo é o templo de Deus. Em 1 Coríntios 3:16 diz que os santos são templo de Deus.
O Novo Testamento termina com a Nova Jerusalém, e a Nova Jerusalém como a conclusão da Bíblia é chamada de tabernáculo (Ap 21:3). João disse que ele não viu nenhum templo na cidade santa, "porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-poderoso e o Cordeiro" (21:22).
Como temos enfatizado, a medida da Nova Jerusalém é a mesma em comprimento, largura e altura. Nas três dimensões  a cidade mede doze mil estádios  (21:16).  O princípio revelado na Bíblia é que um edifício com três dimensões iguais indica o Santo dos Santos. O Santo dos San­tos no tabernáculo era de dez côvados nas três dimensões. O Santo dos Santos no templo de acordo com 1 Reis 6:20, era também de três dimensões iguais, de vinte côvados cada. De acordo com a medida da Nova Jerusalém, então, esta cidade santa deve ser o Santo dos Santos. Se lermos Apocalipse 21 cuidadosamente, podemos ver que a cidade santa é tanto o tabernáculo como o templo.
Tanto o Velho Testamento como o Novo Testamento estão focalizados no tabernáculo e no templo como a habitação de Deus. Então a conclusão de toda a Bíblia, tanto o Velho Testamento como o Novo, é também o tabernáculo e o templo. No Velho Testamento o tabernáculo prefigurava Cristo individualmente como o tabernáculo de Deus, e o templo tipificava Cristo coletivamente como o templo de Deus. O que temos aqui é Cristo e a igreja. Cristo é o cumprimento do tipo do tabernáculo, e Cristo como a Cabeça com a igreja como Seu corpo, juntos, cumprem a figura do templo. Isso terá uma consumação, e essa consumação final e máxima será a Nova Jerusalém, a qual é tanto o tabernáculo como o templo. Aqui está a consumação final e máxima da habitação de Deus, a qual Ele tem edificado por séculos. Esta Nova Jerusalém é, além disso, uma composição viva de todos os santos do Velho Testamen­to, assim representados pelos nomes das doze tribos, e de todos os santos do Novo Testamento, assim representados pelos nomes dos doze apóstolos. Ela é a composição viva do povo redimido de Deus para ser o lugar eterno de Sua habitação.

QUATRO DISPENSAÇÕES PARA A EDIFICAÇÃO DE DEUS
Na velha criação, antes da vinda do novo céu e nova terra, há quatro dispensações. A dispensação dos Patriarcas, de Adão a Moisés, foi a dispensação antes da lei. Vocês podem chamá-la de dispensação pré-lei ou dispensação dos Patriarcas. A segunda é a dispensação da lei, de Moisés à primeira vinda de Cristo. A terceira é a dispensação da graça, durando da primeira vinda de Cristo até a Sua segunda vinda. Então, com a Sua segunda vinda, a quarta dispensação começará, isto é, o reino de mil anos de Cristo. Depois desta quarta dispensação, a velha criação certamente estará inteira­mente renovada porque por meio das dispensações Deus terá cumprido o que pretendeu cumprir.
A obra criadora de Deus foi completada nos dois pri­meiros capítulos da Bíblia. Então a partir da segunda metade de Gênesis 2, Deus começou a Sua obra de edificação. Essa obra continua por todas as quatro dispensações: a dispensa­ção dos Patriarcas, a dispensação da lei, a dispensação da graça e finalmente a dispensação do reino milenar. Por meio dessas quatro dispensações Deus realiza a Sua edificação.

A OBRA DE DEUS  - UMA OBRA DE EDIFICAÇÃO
A obra de Deus por meio de todas as quatro dispensações é uma obra de edificação. No Velho Testamento vemos a edificação do tabernáculo e do templo, a qual era o foco da história do Velho Testamento. Quando o Senhor Jesus veio, Ele era o tabernáculo. Depois de ajudar os discípulos a perceberem que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo, Ele imediatamente revelou que Ele edificaria a Sua igreja (Mt 16:18). A palavra do Senhor indicava que Ele estava fazendo uma obra de edificação.
Essa idéia de edificação é muito forte na Bíblia. Mesmo em Atos 4 Pedro disse aos líderes judeus que eles eram os edificadores que rejeitaram a Cristo, a pedra viva, contudo Deus O ressuscitou e O fez a pedra angular de Seu edifício (At 4:10, 11). Pedro nos diz em seu escrito que o Senhor é a pedra viva, e nós todos como pedras vivas vimos ao Senhor e estamos sendo edificados uma casa espiritual (1 Pe 2:4, 5).
Paulo também fala da edificação. Ele nos diz que ele lançou o único fundamento, e que ninguém pode lançar outro. O problema, entretanto é como nós edifícamos sobre ele. Podemos edificar com ouro, prata e pedras preciosas ou com madeira, feno e palha (1 Co 3:10-12).
Nos escritos de João a idéia de edificação é mais forte. Quando Simão veio ao Senhor Jesus em João 1:41, 42, o Se­nhor mudou o seu nome para Cefas, uma pedra. Mais tarde no mesmo capítulo o Senhor disse a Natanael que ele veria "o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem" (v. 51). Na verdade, o Senhor estava referindo a Natanael o sonho de seu antepassado Jacó (Gn 28:12, 17, 19), indicando que uma obra de edificação de Betel, a casa de Deus, estava se iniciando. Então no capítulo dois o Senhor indicou que Ele edificaria o Seu corpo em ressurreição como o templo coletivo de Deus (2:19, 21, 22).
João escreve mais adiante em Apocalipse que os ven­cedores serão edificados no templo de Deus como coluna (Ap 3:12). Finalmente, em Apocalipse 21, ele nos mostra que a consumação final e máxima dessa obra de edificação será a Nova Jerusalém, o tabernáculo e templo de Deus, edificada com ouro, pérolas e pedras preciosas, e tendo os apóstolos como as doze pedras fundamentais.
Notem, então, que em toda a Bíblia somente um capítulo e meio estão na criação de Deus. O resto da Bíblia, da segunda metade de Gênesis 2 ao final de Apocalipse, está na edificação de Deus. Essa edificação é denominada o tabernáculo e o templo muitas vezes no Velho Testamento, no Novo Testamento, e na conclusão da Bíblia. No Velho Tes­tamento estão o tabernáculo e o templo. No Novo Testamento está a realidade do tabernáculo e do templo. Na conclusão desses dois testamentos está a consumação final e máxima do tabernáculo e do templo.

O AGREGADO DA FILIAÇÃO DIVINA
Essa consumação, a Nova Jerusalém, é o agregado da filiação divina para ar opressão coletiva do Deus Triúno (Rm 8:23). O Filho é a expressão do Pai. Ninguém jamais viu o Pai, mas o Filho unigênito O revelou (Jo 1:18). Um pai e seus filhos possuem uma imagem. A face dos filhos é como a face do pai. Jesus Cristo como o Filho de Deus é a própria expressão de Deus, o Pai. Deus, entretanto, gostaria de ter mais do que um filho. Cristo é referido como sendo o unigênito em João 1:18 e em 3:16, onde se diz que Deus deu o Seu Filho unigênito. Em Romanos 8:29 conhecemos que em ressurreição esse único Filho de Deus tornou-se o primogênito entre muitos irmãos. O Senhor Jesus em Sua ressurreição incumbiu uma das irmãs para ir "ter com meus irmãos" (Jo 20:17), e Hebreus 2:11 diz que Ele "não se en­vergonha de lhes chamar irmãos" porque eles todos nasceram do mesmo Pai. A única diferença é que Ele é o primeiro Filho, e nós somos os muitos filhos.

Conduzindo Muitos Filhos à Glória
O Deus Triúno está ainda trabalhando hoje para con­duzir Seus muitos filhos à glória (Hb 2:10). Somos filhos de Deus, mas não estamos na glória ainda. Assim como uma lagarta é transformada em uma borboleta, assim nós estamos sendo conduzidos para a glória. Aleluia! estamos a caminho! Um dia todos estaremos lá em glória como os muitos filhos de Deus. Romanos 8:18-22 nos diz que toda criação caída, agora sob a escravidão da corrupção, espera ansiosamente para ver-nos em glória. Aquela glória será a liberdade da glória dos filhos de Deus, que é a nossa plena redenção (v. 23). O nosso corpo ainda não foi redimido, mas uma dia ele será transfigurado em um corpo glorioso (Fp 3:21). Essa plena redenção de nosso corpo é a filiação plena. O nosso espírito já nasceu de Deus, mas nosso corpo ainda não foi trazido à filiação. O universo inteiro está esperando ansiosa­mente pela parte final de nossa redenção. A criação quer ver todos os filhos de Deus conduzidos à glória para desfrutar a plena filiação deles.

Filhos, Irmãos e Membros
Antes da Sua ressurreição, Cristo era o Filho unigênito de Deus, mas por meio da morte e ressurreição Ele tornou-se o primogênito, seguido por muitos filhos que foram produzidos por meio de Sua morte e ressurreição. Agora, para Deus somos os muitos filhos, para Cristo, somos os muitos irmãos, e para o Seu Corpo, somos membros. É por isso que nos chamamos de irmãos. Somos irmãos uns dos ou­tros porque somos os irmãos de Cristo e os filhos de Deus. Isso é filiação. Isso é uma entidade coletiva.

Filiação Total
A Nova Jerusalém é o agregado da filiação divina. Há somente uma única filiação divina; todos estamos nessa única filiação. Na ressurreição todos seremos homens, incluindo as irmãs. Nesse corpo da velha criação ainda temos a diferença entre irmãos e irmãs, mas em ressurreição todos seremos homens, irmãos. A filiação total será completada por meio do arrebatamento e ressurreição vindouros. Quando estivermos lá na Nova Jerusalém, aquilo será um agregado da filiação divina. Essa filiação é para a expressão coletiva do grande Deus que é triúno — o Pai, o Filho e o Espírito.

PREDESTINADOS PARA A FILIAÇÃO
Essa filiação cumpre o desejo da predestinação de Deus. Efésios 1:4, 5 nos diz que antes da fundação do mundo Deus nos predestinou para a filiação. Quando jovem, eu amava esses versículos, mas pensava que Deus me havia predes­tinado para os céus. Então pensei que fui predestinado para a salvação. Muitos de nós podem ter pensado a mesma coisa. Muitas vezes quando lemos a Bíblia lemos nela algo de nossa mente. A Bíblia não diz que Deus nos tem predestinado para os céus ou para a salvação. Ela diz que fomos predestinados para a filiação.
Deus tomou uma firme decisão antes da fundação do mundo para fazer de você um filho. Todo escolhido é um pecador, até mesmo um inimigo de Deus, mas Deus tem a habilidade redentora para fazer de você, que é um pecador e um inimigo Dele, um de Seus filhos. Essa é a maravilha das maravilhas. Deus fez de nós, que éramos Seus inimigos, Seus filhos.
João diz que a todos que O recebem, isto é, que creêm em Seu nome, será dada a autoridade de serem filhos de Deus (Jo 1:12). Esses são nascidos de Deus. Ele veio para ser o tabernáculo (1:14), desejando que O recebêssemos e assim nascêssemos como filhos. A intenção do Senhor Jesus, o tabernáculo, era que nascêssemos como filhos para sermos os componentes do templo vindouro (Jo 2:19, 21, 22)


FILIAÇÃO EM ROMANOS 8
Em Romanos 8 Paulo é forte nessa questão de filiação. Romanos 8 diz: "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (v. 14). Deus não nos tem dado um espírito de escravidão mas um espírito de filiação (v. 15). O Seu Espírito testifica com o nosso espírito que somos fi­lhos de Deus (v. 16). Toda a criação está aguardando ansiosamente por essa nossa filiação (v. 19). Deus está agora nos conformando à própria imagem do Primogênito, Cristo (v. 29). Somos os Seus irmãos hoje, mas não plenamente. Nós estamos no processo. Quando estivermos conformados à ima­gem do Primogênito, seremos a Sua própria expressão de uma maneira coletiva.


UMA EXPRESSÃO COLETIVA DE DEUS
Em Apocalipse, Deus sentado no trono se assemelha a jaspe (4:3). Então em 21:18 João nos diz que a muralha da cidade era feita de jaspe. Esses dois versículos nos dizem que a Nova Jerusalém se parecerá com Deus. A cidade será uma expressão coletiva de Deus.
Que Deus terá uma expressão coletiva está também in­dicado em Sua criação do homem. Antes das eras, Deus nos predestinou para a filiação. Então Ele criou o homem à Sua própria imagem, de acordo com a Sua predestinação, com a intenção de que um dia este homem criado fosse a Sua expressão coletiva. Aquele dia ainda não chegou. Quando as quatro dispensações terminarem — as dispensações dos Patriarcas, da lei, da graça e do reino —, a obra de Deus em conformar-nos à imagem do Primogênito será completada. Então seremos uma entidade viva coletiva, possuindo a ima­gem de Deus.
A Nova Jerusalém é o agregado de todos os filhos como a expressão coletiva. Ela é uma composição de todos os queridos santos redimidos por Deus em todas as dispensações, tanto as do Velho como do Novo Testamento. Eles juntos serão os componentes dessa cidade santa, o agregado da filiação divina, expressando Deus coletivamente para cumprir o desejo de Seu coração, como indicado na Sua criação do homem à Sua própria imagem. Apocalipse 21 e 22 são o cumprimento de Gênesis 1:26 — Deus tendo um homem à Sua imagem.


DUAS CATEGORIAS
No novo céu e nova terra existem duas categorias de pessoas. Uma são os muitos filhos e a outra são os povos. Quando estivermos na Nova Jerusalém, seremos os filhos de Deus, não os povos de Deus.
Na Inglaterra há uma família real. Eles não são "o povo", mas os que reinam. Santos, vocês já consideraram que não estão entre o povo comum? Vocês são da família real. João nos diz em Apocalipse 1:6 que Cristo tem-nos feito "um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai." Somos os filhos do Deus Todo-poderoso, que é o Rei dos reis. Isso nos faz membros, familiares da família real. Não somos somente fi­lhos de Deus mas também membros da família real.
Em Apocalipse 21:3 se diz: "Eles serão povos de Deus." Então em 21:7 se diz: "O vencedor... me será filho." Em 21:24 estão "as nações". As nações andarão mediante a luz da cidade santa. Nós, os filhos, a família real, somos a cidade santa. Para Deus, então, Seus Filhos são uma categoria e Seu povo é outra.
Em Londres, fui levado para ver a troca da guarda em frente do portão do Palácio de Buckingham. Mesmo na grande cidade de Londres, há uma "pequena cidade" chamada Palácio de,Buckingham, onde a família real vive. A
Nova Jerusalém será o Palácio de Buckingham celestial, espiritual, divino e eterno. Em volta da cidade real estão as nações.
No novo céu e nova terra não seremos os povos, as nações, mas os filhos. Os filhos de Deus em Apocalipse 21:6, 7 são aqueles que nasceram de Deus por meio da regeneração (Jo 1:12, 13; 1 Pe 1:3, 4, 23; Tg 1:18). Eles estão edificados juntos por meio da transformação (1 Co 3:9-12a; Ef 2:20-22; 1 Pe 2:4-6; 2 Co 3:18; Rm 12:2; Ef 4:23, 24). Eles serão glorificados em plena conformação para serem uma expressão coletiva do Deus Triúno (Rm 8:29, 30; Hb 2:10; Ap 21:11). As nações do lado de fora da Nova Jerusalém não são de nascidos de novo, transformados ou glorificados. Somos diferentes das nações.

Os Filhos de Deus
As pessoas que são renascidas, transformadas, glorificadas e conformadas serão os componentes da Nova Jerusalém. Hoje os crentes como os membros do Corpo de Cristo são os componentes da igreja, que é tanto a casa de Deus como a esposa de Cristo. A igreja não é um edifício. Ela é uma composição viva de todos os membros vivos de Cristo. Essa composição viva é um organismo. Não é uma organização. Onde essas pessoas estão, ali está o organismo. Estamos aqui como esse organismo, a igreja. Se mudarmos para Brasília, esse organismo estará ali em Brasília.
Esses componentes — os filhos de Deus regenerados, transformados, glorificados e conformados para ser tanto a casa de Deus como a esposa de Cristo (Ap 21:3, 9) — na eternidade comerão da árvore da vida e beberão a água da vida. Esses serão os dois desfrutes principais, substanciais e básicos dos filhos de Deus. Apocalipse 22:14 promete que teremos o direito de comer da árvore da vida. Em Apocalipse 22:17 existe um chamado para beber água. Esses serão nossos desfrutes básicos na Nova Jerusalém pela eternidade.
Então serviremos a Deus e ao Cordeiro como Seus escravos (Ap 22:3) pela eternidade. Também seremos reis sobre as nações — os povos — pela eternidade. Apocalipse 22:5 diz que reinaremos "pelos séculos dos séculos." Os cren­tes como filhos de Deus serão todos reis. Os anjos serão os que servem (Hb 1:13,14), servindo-nos. Eles são os servos da família real, e nós somos reis sobre as nações. Este é o reino de Deus na eternidade.

Os Povos de Deus
Os povos de Deus em Apocalipse 21 são o remanes­cente das ovelhas descritas em Mateus 25:31-46. Quando o Senhor Jesus voltar, Ele sentará em Seu trono de glória em Jerusalém e reunirá todos os diversos povos vivos das nações para Ele. Eles serão classificados era ovelhas e cabritos e Ele os julgará. Os cabritos, que estão à Sua esquerda, irão direta­mente para o lago de fogo. As ovelhas, à Sua direita, herdarão o reino milenar, que Deus preparou para eles desde a fundação do mundo. Fomos predestinados para a filiação antes da fundação do mundo, mas o milênio foi preparado por Deus para essas ovelhas desde a fundação. Há uma diferença. Esse julgamento não será no grande trono branco (Ap 20:11), que segue o milênio. Ele será no trono da glória de Cristo antes dos mil anos. O julgamento não será de acor­do com a lei de Moisés nem de acordo com o evangelho da graça, mas de acordo com o evangelho eterno (Ap 14:6, 7). Muitos cristãos nunca ouviram a respeito do evangelho eter­no. Ele não inclui redenção nem perdão de pecados. Ele compreende duas coisas: temer a Deus e adorá-Lo. Esse evangelho será pregado por um anjo no tempo da grande tribulação, que durará três anos e meio. Esse é o tempo no qual o Anticristo fará tudo o que puder para perseguir os judeus e os cristãos. Em Mateus 25, de acordo com o veredito do julgamento de Cristo, os judeus e os cristãos serão tratados muito bem pelas ovelhas (vs. 34-36). Mas muitos seguirão o Anticristo na perseguição aos judeus e aos cristãos. Cristo fará o Seu julgamento adequadamente, e aquele julgamento se.a de acordo com o evangelho eter­no.
As ovelhas serão transferidas para o reino milenar para serem os povos, e os santos vencedores serão os reis sobre eles (Ap 20:4, 6). As ovelhas serão restauradas ao estado original do homem quando criado por Deus e serão os cidadãos do reino milenar, desfrutando a bênção da restauração (At 3:21). Restauração não é regeneração. Ser regenerado é ser nascido de novo com uma outra vida, a vida de Deus, mas ser restaurado é ser trazido de volta ao estado original da criação de Deus.
No final do reino milenar, Satanás, depois de ser liber­tado, instigará a última rebelião contra Deus (Ap 20:7-9). Muitas das ovelhas se unirão à rebelião de Satanás e serão queimadas com o fogo do céu. O remanescente das ovelhas será transferido para a nova terra para ser as nações (Ap 21:24). Deus "tabernaculará" com eles, os povos (Ap 21:3). Eles serão governados pelos filhos de Deus como reis (22:5). Para eles não haverá mais morte, mágoas, choro, dor ou maldição (21:4; 22:3a). Eles serão sustentados eternamente pelas folhas da árvore da vida (22:2). Nós comeremos do fruto, mas as nações desfrutarão das folhas. Eles andarão através da luz da cidade santa (21:24a). Com os seus reis trarão a glória e honra deles para a cidade. Eles respeitarão a cidade e a considerarão como superior.


UMA VISÃO FINAL
Os santos de todas as dispensações que foram redimidos serão os renascidos, os filhos de Deus, pertencendo à família real. Eles serão reis na eternidade. O remanescente res­taurado dos incrédulos será os povos, as nações, andando na luz da cidade e governados pelos santos. Outra categoria de pessoas são os que pereceram. Os incrédulos que pereceram estarão no lago de fogo (21:8). Isso nos dá uma visão geral do novo céu e nova terra.